O vereador por Cuiabá, Daniel Monteiro (Republicanos), não vê futuro na proposta de membros da base do prefeito Abilio Brunini (PL), de tentar transferir a responsabilidade do custeio do passe livre estudantil de alunos da rede estadual de ensino. A ideia começou com o vereador Fellipe Corrêa (PL), contudo, o próprio chefe da Casa Civil, Fabio Garcia, descartou qualquer interesse na medida , pois o Estado já tem feito outros investimentos.
Rodinei Crescêncio
Para Fellipe, o Estado é rico e teria condições de socorrer a Prefeitura, frente ao “colapso” existente no município. Contudo, assim como Fabio, Daniel compreende que cada Poder tem a sua competência, sendo necessário enfrentar o problema sem “terceirização” de responsabilidade.
“Não acho justo, acho que o benefício concedido em sede de transporte público é evidentemente municipal. Muito fácil eu dar um benefício e pedir para outra pessoa pagar. Vou chegar aqui e falar: Até 40 anos não paga transporte público, Estado e Governo Federal, paguem aí. Não é assim que funciona”, disparou ele.
O passe livre estudantil em Cuiabá foi instituído pelo então prefeito Roberto França em 2001, ou seja, é uma despesa criada pelo Município. Neste cenário, o parlamentar reforçou que não há como transferir o “problema” e também sinalizou que nenhuma hipótese para acabar com o passe livre será tolerada.
“Passe livre é um direito que a gente nunca vai aceitar que volte para trás, que retroaja, porque é essencial para os estudantes estudarem. Agora, é uma conta da prefeitura de Cuiabá. Não há que se falar do Governo arcar com esses custos, pelo amor de Deus. Transporte é municipal, circular, a natureza dele é municipal”, emendou.
No mês passado, em entrevista especial ao , o prefeito afirmou que o “complemento” das passagens – que têm parte subsidiadas -, somadas às gratuidades – para estudantes e idosos – custam R$ 210 milhões por ano .
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