A prefeita de Pedra Preta, Iraci Ferreira (PSDB), anunciou que protocolou pedido de cassação contra o vereador Gilson da Agricultura (União Brasil), após ele se referir à gestora como “cachorra viciada ” durante uma fala na tribuna da Câmara Municipal. O caso gerou repercussão em todo o estado e motivou manifestações de solidariedade à prefeita por parte de diversas autoridades políticas.
Reprodução/Montagem
Na última quarta-feita (27), Iraci já havia prometido que sua equipe jurídica iria tomar providências contra o parlamentar. Agora, em postagem nas redes sociais, anunciou o pedido de cassação. “Hoje protocolei na Câmara Municipal de Pedra Preta o pedido de cassação do vereador que decepcionou toda a confiança que nele depositei”, escreveu.
“Isso me fere por dentro, me dói por dentro. Esse ato repugnante que o vereador fez diante da sociedade. Mas vamos à luta, nós temos que lutar contra a violência da mulher. Não podemos ficar calados”, completou.
Fala polêmica
A fala polêmica ocorreu durante sessão ordinária da última segunda-feira (25), enquanto defendia investimentos para assentamentos da região. A gestora teria enviado um projeto de lei para realocar recursos.
Segundo o vereador Gilson da Agricultura , durante a campanha eleitoral todos correm atrás do voto dos assentados, mas durante mandato acabam se esquecendo. Ele estendeu a mesma comparação a deputados que retornam às urnas em 2026, mas que só devem procurar os vereadores para serem cabos eleitorais.
“Tem que tomar vergonha na cara e não ficar fazendo na época de política, que nem cachorra viciada dentro dos assentamentos pedindo votos. Meu vocabulário é esse mesmo. Você acha que é fácil vereador de primeiro mandato que nem eu conseguir emenda com deputado? Não é fácil, porque R$ 750 mil ele divide em 5 cidades. Tem muito mais voto, mas pode ter certeza, ano que vem está igual cachorra viciada atrás dos vereadores de primeiro mandato para pedir apoio para eles”, disparou.
A fala gerou revolta na classe política. Presidente da Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, a deputada Janaina Riva (MDB) defendeu que o caso seja levado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) para a perda do mandato, pois no seu entendimento é um claro exemplo de violência política de gênero contra uma prefeita que merece respeito, pois foi eleita pelo voto popular.
A declaração também não caiu nada bem dentro do União Brasil. A primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, usou as redes sociais para repudiar a postura do vereador, que foi repreendido pelo partido por meio de nota. O União Brasil considerou a fala inadmissível e pontuou que a violência política de gênero é uma afronta à democracia.
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