Mauro Mendes foi espionado por militares na Ditadura; veja documento

Imagem

Monitorado pelo Sistema Nacional de Informações (SNI), órgão de espionagem da Ditadura Militar brasileira, iniciada há 61 anos, o governador Mauro Mendes (União) passou a defender e se aliar àqueles que não enxergam como crimes, as prisões, torturas, assassinatos e ocultação de cadáveres entre os anos de 1964 e 1985.

 

Além de ter participado no mês passado da manifestação pela anistia dos presos e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que visava a derrubada do governo eleito democraticamente, Mendes passou a questionar o Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), considerado o líder da direita conservadora>

Porém, o jovem Mauro Mendes já esteve do outro lado, quando se tornou presidente do Diretório Central Estudantil da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em 1984.

 

De acordo com documentos do governo militar, que monitorou as atividades do então estudante na década de 1980, Mendes já vinha sendo vigiado desde o início do período da redemocratização.

 

Em um dos documentos, contém uma entrevista onde Mauro Mendes comenta sobre política, no antigo jornal Correio de Mato Grosso, na qual diz que ‘tanto o capitalismo quanto o socialismo, da forma que se apresentam, não são solução para o momento brasileiro de hoje’, afirmava o então estudante de engenharia elétrica.

 

A declaração, sublinhada pelo SNI, mostra exatamente o governador que os mato-grossenses conhecem hoje: Com habilidade de mudar de palanque e posições políticas, já que sua primeira vitória eleitoral ocorreu pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), onde rasgava elogios à então presidente Dilma Rousseff (PT). Nas eleições de 2018, quando se tornou governador pela primeira vez, assim como a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, chegou a ser fotografado ao fazer um sinal de coração junto com as mãos do presidente.

 

O documento do SNI listou todos os membros do DCE que Mendes comandava na época. O documento cita, por exemplo, que o estudante goiano havia viajado para o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) realizado em São Bernardo do Campo, entre os dias 21 e 23 de outubro de 1983. Era comum, naquele período, o monitoramento do perfil político de estudantes que iam ao Congresso.

 

O SNI identificou no documento que a delegação de Mato Grosso seguiu em ônibus fretado junto à empresa União Cascavel Transportes e Turismo Ltda. (Eucatur). O relatório detalha até a placa do veículo. O relatório também cita que, além de Mauro Mendes, outros 52 estudantes também foram no ônibus.

 

Leia a reportagem completa na edição de A Gazeta

Link da Matéria – via Gazeta Digital

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.