A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, avalia que a construção da lista sêxtupla com paridade de gênero (mesmo número de homens e mulheres) significa uma revolução. Nesta sexta-feira (10), o Conselho da Ordem votará o nome de 3 homens e 3 mulheres que concorrerão à vaga de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso pelo Quinto Constitucional – acompanhe a sessão ao vivo no final da matéria.
“Chegarmos em uma eleição, uma escolha de lista sêxtupla, com a mesma quantidade de homens e mulheres, representa a revolução, representa o caminhar que nós temos buscado para a participação das mulheres no sistema, para a participação das mulheres nos espaços de poder. E é uma pauta que eu sempre defendi, encorajar mulheres para participar, oferecer igualdade de oportunidade. E pela primeira vez nós temos, então, uma concorrência, uma eleição com igualdade de gênero”, destaca a presidente.
Rodinei Crescêncio/RDNews
Gisela salienta que, independente de quem for escolhido, espera que faça um bom trabalho e represente a classe. “Nossa expectativa é realmente que sente uma pessoa lá que represente bem a advocacia, que divida as dores da advocacia, que possa realmente fazer o papel que é representar a classe na cadeira do Quinto Constitucional”, acrescenta.
Primeiro serão votados os recursos e impugnações das advogadas Dione Francisca Maranhão de Queiróz Almeida, Angeliza Neiverth Segura, Jamille Clara Alves Adamezyk e Rosana Laura de Castro Farias Ramies.
Em seguida, será realizada as arguições dos advogados. Cada candidato, por sorteio de ordem, terá 3 minutos para a apresentação pessoal e mais 3 minutos para responder às perguntas feitas pela banca. Ao fim das arguições de todos os candidatos, começará a votação.
A votação será feita por meio de voto eletrônico, o que não deve demorar. O voto não é secreto. Para fazer parte da lista sêxtupla, conforme Gisela, o candidato precisa obter metade mais um dos votos.
“Então se os candidatos, numa primeira rodada, não obtiverem esse número de votos, metade mais um, nós teremos uma segunda rodada, uma terceira até uma quarta. Se até então não chegarmos nesse número, aí a maioria é simples”, explica.
A presidente espera os escolhidos se coloquem na defesa da advocacia, na busca pela valorização de honorários e na defesa intransigente de prerrogativas. “Que é algo que para nós é muito caro. Então essas são as características que nós buscamos: defesa da advocacia, das prerrogativas, de honorários e a valorização da nossa classe, com certeza”, finaliza.
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