A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu encaminhar, nesta sexta-feira (8/8), as representações de afastamento contra 14 deputados por até seis meses. A decisão sobre a suspensão será analisada pela Corregedoria Parlamentar nos próximos dias.
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Veja lista dos deputados que tiveram a representação enviada à Corregedoria: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ); Nikolas Ferreira (PL-MG); Julia Zanatta (PL-SC); Luciano Zucco (PL-SC); Allan Garcês (PP-MA); Caroline de Toni (PL-SC); Marco Feliciano (PL-SP); Domingos Sávio (PL-MG); Marcel Van Hattem (Novo-RS); Zé Trovão (PL-SC); Bia Kicis (PL-DF); Carlos Jordy (PL-RJ); Marcos Pollon (PL-MS); Paulo Bilynskyj (PL-SP).
A decisão foi tomada pela Mesa, sob o comando do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após os congressistas se recusarem a deixar a cadeira de Motta e a Mesa Diretora durante a retomada das sessões na Casa na quarta-feira (6/8).
O PL apresentou uma representação nesta sexta-feira (8/8) contra a deputada Camila Jara (PT-MS) por suposta agressão contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), mas seu nome não consta na lista enviada à Corregedoria. Inicialmente, a Mesa Diretora havia informado que “todas” as representações tinham sido encaminhadas. O Metrópoles questionou o motivo pelo qual a deputada não está na lista, mas não obteve resposta até a publicação dessa reportagem.
Motim na Câmara
A representação contra os deputados repete os casos do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), que foram suspensos por três meses das atividades parlamentares.
A ala bolsonarista da Câmara obstruía os trabalhos em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na segunda-feira (4/8).
Eles queriam que entrasse em votação três medidas de forma imediata: o projeto para anistiar envolvidos no 8 de Janeiro, a proposta de Emenda à Constituição do fim do foro privilegiado e também o impeachment de Moraes.
Dois dias depois, na quarta-feira (5/8), Motta decidiu convocar sessão e ameaçou punir com suspensão de seis meses qualquer deputado que insistisse na paralisação.
Na quinta-feira (7/8), em entrevista ao Metrópoles, o presidente da Câmara afirmou que o caso estava em “avaliação”. Sobre as pautas dos bolsonaristas, Motta reafirmou que não trabalha sobre “chantagem” e “imposição”.
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