
Com oito votos favoráveis e dois contrários, a Câmara Municipal de Pedra Preta decidiu pela cassação do mandato do vereador Gilson da Agricultura (União), em razão de quebra de decoro parlamentar por ter chamado a prefeita do município, Iraci Souza (PSDB), de ‘cachorra viciada’. As declarações, proferidas em setembro passado, levaram à instauração de uma Comissão Processante, que no parecer final, concluiu pela procedência das denúncias.
O julgamento, então, foi marcado para esta quarta-feira (03) e contou com a presença da prefeita.
Na época da ocorrência, diversos parlamentares do estado manifestaram repúdio perante as declarações, alegando prática de violência política de gênero. O relator da Comissão, vereador Chico Lima Tur (PSDB), frisou o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa garantidos a Gilson. Discurso similar foi o do presidente da Comissão, vereador Ediérico Machado (União).
‘Palavra tem poder porque ela levanta e destrói. Meu voto não é por raiva e não é pessoal. É por moralidade. Do respeito da dignidade do mandato e por todas as mulheres desta cidade’, salientou Ediérico.
O presidente da Câmara, Laudir Martarello (PSB), afirmou situações como essa ‘nos envergonha como Casa de Leis’, além de citar a necessidade dos vereadores exercerem o papel com dignidade e respeito. Diante de vaias, o vereador Gilson da Agricultura também discursou antes da votação e reconheceu o uso ‘infeliz’ das palavras e o dano causado, mas reiterou que em nenhum momento chegou a citar o nome da prefeita. Em determinado momento, diante de manifestações, Gilson disse que aprendeu muito, que ‘nunca vai ser machista’ e que a capacidade da pessoa ‘não
está no sexo’.
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