A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, às 9h18 desta quarta-feira (3/9), o julgamento da ação penal que investiga a suposta trama golpista atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a outros sete réus do núcleo 1, ou “núcleo crucial”, da Ação Penal nº 2.668. Nesta quarta, a sessão da Primeira Turma ocorre no horário da manhã, das 9h às 12h. Rosinei Coutinho/STF
Os advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, Paulo Amador Cunha Bueno e Celso Villardi
O segundo dia dessa fase final do julgamento tem como destaque a sustentação oral da defesa do ex-presidente, iniciada logo após a sustentação oral do advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez.
O advogado Celso Villardi deu início à defesa de Bolsonaro por volta das 10h15. “Não há provas que atrelem Bolsonaro ao 8/1”, destacou. O defensor também questionou a delação de Mauro Cid e o tempo para analisar as provas. “Mauro Cid foi pego na mentira pela enésima vez”, acrescentou Villardi. “Esse homem (Cid) não é confiável”.
Por fim, o advogado alegou que “uma cogitação de pena para além de 30 anos para um fato específico, que foi trazido por um delator, que é uma reunião dos chefes das Forças Armadas e um presidente da República, sem nenhum ato, sendo que o general que é citado como testemunha de acusação, disse: ‘Nós tivemos aquela conversa, e o presidente nunca mais tocou naquele assunto’. Um assunto encerrado gerar uma pena de 30 anos não é razoável”.
Villardi, então, passou a palavra ao colega Paulo Bueno (foto em destaque), também defensor de Bolsonaro, faltando 14 minutos para ser concluída. “O ex-presidente, além de não pretender dar golpe de Estado, não teve nenhum intuito em ir adiante com o projeto criminoso apontado na denúncia”, argumentou.
Augusto Heleno
O defensor de Heleno usou slides para auxiliar a defesa, como autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele manteve o argumento de que não teve acesso pleno ao material da PGR e que não houve tempo hábil ainda para acessá-los. Também questionou a atuação de Moraes em ação contra Bolsonaro. “O juiz não pode tornar-se protagonista do processo”, alegou. “Não existe imparcialidade”, completou.
Ao longo da sustentação oral, o advogado Milanez tenta desvincular a imagem do general Augusto Heleno da de Bolsonaro. “Heleno não pediu apoio, nem apresentou minuta”, afirmou.
No minuto final, o defensor pediu que seja declarada a inocência do general Heleno.
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