Hatos Henrique , de 29 anos, alegou que ateou fogo na casa da ex-companheira , a advogada Alessandra Luzia Bezerra Majer, depois de ter encontrado roupa de outro homem no imóvel. O caso aconteceu no sábado (23), no Bairro Nova Conquista, em Cuiabá. Ele foi preso na manhã desta sexta-feira (29), em Vila Bela da Santíssima Trindade (a 522 km de Cuiabá) e chegou na capital no final da tarde.
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Em conversa com a imprensa em uma das celas da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), Hatos contou que se casou com Alessandra enquanto ainda estava preso. O relacionamento dos dois, rendeu uma filha, que tem um ano de idade. “Tudo que eu fiz, eu já paguei, faz mais de 3 anos. Eu não devo nada perante a Justiça. Ela envolveu comigo totalmente ciente dos meus crimes. A gente casou dentro do presídio”, detalha.
Segundo ele, os dois romperam o relacionamento na sexta-feira anterior ao crime. No sábado, ele foi até o imóvel atrás da mulher para reaver uma empresa de móveis planejados. “A gente tinha terminado uma noite antes, e eu tinha falado com ela que eu queria reaver a minha empresa, que tá com ela. Empresa móveis planejados. É minha empresa. Ela não concordou, sumiu a noite inteira, apareceu no outro dia cedo”, relata.
No sábado, ele voltou ao imóvel, mas não encontrou ninguém. “Eu cheguei dentro da minha casa, depois de um término, pra tomar um notebook que tinha documentação, que comprovava que a empresa era minha. Chego dentro da minha casa, 2 horas da manhã, está cheio de roupa de homem que acabou de sair da cadeia. A senhora quer que eu pense em alguma coisa? Com todo o respeito, é uma coisa que não tem como”, alega.
“Realmente eu coloquei fogo, eu coloquei fogo na roupa do rapaz, e acabou pegando fogo nos demais cômodos. Mas ninguém faz esse tipo de coisa se não tiver um motivo muito grave. E isso vai vir tudo à tona”, salienta.
O caso
Segundo a Polícia Civil, o casal teve um relacionamento por cerca de 2 anos e está separado há cerca de 2 meses. Juntos, eles têm uma filha de um ano. A separação teria sido motivada pelo suspeito agredir a vítima. Devido à violência, ela conseguiu uma medida protetiva e ele teve que sair de casa.
No entanto, mesmo com a medida protetiva, o homem seguiria com as ameaças, dizendo que iria matá-la e atear fogo na casa dela. No sábado (23), ele teria ido até a casa da ex-companheira com um machado, entrado sem avisar e agredido um amigo da ex, que estava no local.
A mulher estava tomando banho e, segundo relatos, o suspeito deu várias machadadas na porta do banheiro. O suspeito e o amigo da vítima entraram em luta corporal e o suspeito novamente ameaçou matar a ex-companheira e acabar com tudo que ela tinha.
Com medo, a mulher saiu de casa e foi acolhida na residência de um pastor. Na manhã do domingo (24), ela pediu que um amigo verificasse a casa em que ela morava, mas local estava completamente destruído. As chamas destruíram a casa e todos os pertences da vítima e da filha.
A vítima procurou a polícia, relatou o ocorrido e disse que vizinhos disseram terem visto seu ex-companheiro entrando e saindo da casa no momento em que o fogo teve início.
Após o registro da ocorrência, a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) deu início às investigações do caso e a delegada Judá Maali, titular da unidade, representou pelo mandado de prisão preventiva do suspeito, que foi deferido pela Justiça.
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